quinta-feira, 29 de novembro de 2012

História Virtual 1

Olá  leitoras
Quem nunca teve uma história virtual boa ou ruim? Pois é, eu não fiquei de fora. Amizades virtuais fiz algumas ao longo de alguns anos (hj com 45 anos), mas relacionamento sempre primei pelo real. Mas vivi duas histórias virtuais.

Minha primeira experiência foi há anos atrás, por insistência de uma amiga para que eu acessasse o site do Terra; fui lá de curiosa num domingo. Logo de cara um sujeito me chamou na conversa e tinha um papo muito agradável, falando onde morava e ser, logo nos add ao MSN e ele pareceu se encantar cmg, assim como eu pela conversa dele. Nos vimos na cam e; era coroa, careca e com um longo rabinho de cavalo (imagina a cena). 

Marcamos um encontro na semana seguinte, quando eu chegasse do trabalho, pois morávamos no mesmo bairro. Naquela noite dei-lhe um bolo por medo e até um misto de não vontade de ter contato real. 

Ele continuou insistindo ao MSN e ao celular. Uma sexta-feira resolvi sair com o sujeito que me levou a um bom restaurante, dançamos e na volta começou a querer me passar a mão, dei logo um esporro e ele se colocou no lugar dele. Meses depois, esta investida dele virou motivo de risos, pois falamos que o dedinho dele parecia engessado de tão duro que estava tentando avançar o que não devia rs. 

Pensei que fosse desistir, mas não, continuou querendo ver-me. Deu-se que acabou acontecendo um relacionamento que envolveu filhos de ambas as partes, família, amigos. Fomos muito felizes juntos, não havia um dia sem que nos víssemos (exceto a segunda-feira que era dia dele participar das reuniões kardecista dele), enquanto eu era evangélica. Fizemos maravilhosas viagens, restaurante, enfim, ele me fazia a mulher mais feliz e valorizada do mundo. Nossos filhos se davam bem, assim como os meus o amavam e amam até hj. 

Mas este desde o início sempre deixou claro que relacionamento do tipo mesma casa era fora de cogitação comigo ou qualquer outra mulher, e aí veio o problema tempos mais tarde e ele marcou de conversarmos. Sua fala foi: Eu não estou podendo dar a atenção que você precisa e merece, por isso é melhor pararmos por aqui antes que percamos um lindo sentimento de amor que existe entre nós. 

Nos separamos e fiquei meses sem querer notícias dele, afinal ele tinha me tirado a vivência a dois que eu nunca tinha tido. Mas aos poucos minha ficha foi caindo e eu voltei a buscar contato com ele, que me recebeu bem. Eu não poderia ter raiva, ressentimento de alguém que havia sido tão sincero desde a primeira semana juntos, alguém que em hipótese alguma me enganou, me traiu ou qualquer outra coisa. Alguém que sempre me respeitou enquanto mulher, enquanto ser humano. Eu tinha o dever de ser a melhor pessoa possível na vida dele mesmo após o término, afinal pessoas especiais não batem à nossa porta todos os dias.

Hoje somos muito amigos, já viajamos juntos após a separação, curtimos noites de baladas mesmo que raramente, fico na casa dele quando preciso ir à capital (uma vez que me mudei para o interior) e por último recebi uma multa em meu carro que foi dirigido por ele enquanto eu estava em São Paulo (precisei deixar por uma semana na garagem dele e ele aproveitou-se do meu chiquérrimo rs Fiatizinho porque o humilde Megane dele estava na oficina. 

Hoje recebi dele a notícia que foi convidado a assumir um cargo político numa cidade litorânea de Campos e aguarda minha visita lá, e que deveríamos nos ver mais nestes poucos meses até a ida definitiva dele para o município do RJ. Claro que eu não poderia deixar de pedir emprego né rsrs.

Bom, esta história deu certo até certo ponto. Pelo menos a consideração, a amizade e admiração tomou lugar de outro sentimento ruim que poderia ter ficado, mas isso por ter sido ele sincero comigo desde o princípio, nunca me enganou, por que teria eu que ficar ou nutrir raiva por alguém tão honesto!

Mas todo cuidado no virtual é pouco amigas, esta foi uma história bacana, mas tive outra não muito agradável. 
Contarei em outra oportunidade.


? ? ?

Alvorada do Amor



A ALVORADA DO AMOR
(Olavo Bilac)

Chega-te a mim! Entre no meu amor.
E à minha carne entrega 
A tua carne em flor! 

Prime contra o meu peito
O teu seio agitado. 
E aprende a amar o amor, 
Renovando o pecado!

sexta-feira, 2 de novembro de 2012

A Primeira Foda de Anastasia


Página 99-102, de Cinquenta Tons de Cinza




- Quando fez sexo houve alguma coisa que não gostou de fazer? Pode me dizer Anastácia. Precisamos ser sinceros um com o outro ou isso não vai dar certo. Conte pra mim. Ordena ele. 

- Eu nunca fiz antes, então não sei.

- Nunca? Você é virgem? Por que não me contou, porrra?

- Nunca surgiu o assunto e não costumo sair revelando minha condição sexual a cada pessoa que conheço. A gente mal se conhece.

- Bem, você agora já sabe bastante a meu respeito. Eu sabia que você era inexperiente, mas virgem!

- Ninguém nunca tentou?

- Ninguém nunca chegou tão perto quanto você.

- Venha, vamos resolver este “seu problema” para que possamos prosseguir com nosso “contrato”. Vou fazer amor com você.

- Pensei que você não fizesse amor, que só fodesse, e com força.

Ele abre um sorriso malicioso que produz efeitos lá embaixo e diz que está abrindo uma exceção. Aliás, várias exceções, pois estava agora fazendo muitas coisas pela primeira vez como “amor”, na cama dele, dormir junto e muitas outras que vale a pena conferir na obra.


>>> Amigas, ao mesmo tempo que se deseja ter um Christian, pensa-se se existe mesmo um homem assim, e até, seria bom dar um livro deste para os homens lerem???

quinta-feira, 1 de novembro de 2012

Cinquenta Tons de Cinza


Página 89, de Cinquenta Tons de Cinza
"Poquei de rir" desta passagem.

- Isso quer dizer que você vai fazer amor comigo hoje Christian?


- Não, Anastasia, não quero dizer isso. Em primeiro lugar, eu não faço amor. Eu fodo...com força. Em segundo lugar, ainda tem muita papelada pra assinar. E em terceiro, você ainda não sabe onde está se metendo. Ainda pode cair fora. Venha, quero mostrar meu quarto de jogos.


- Quer jogar Xbox?

Ele ri alto e diz:

- Não, Anastasia. Nada de Xbox, nada de Playstation. Venha. O helicóptero está à espera para levá-la na hora que quiser ir. Ou pode passar a noite aqui e voltar para casa amanhã. Para mim o que você decidir está bom.


- Abra o raio da porta, Christian. Parece que viajei no tempo, século XVI, puta merda. Era o quarto da dor. Tudo que se possa imaginar que pudesse provocar a dor ou o prazer. A única coisa que poderia chamar de normal naquele ambiente era um sofá de frente para a cama, como se tivesse ali para alguém sentar e observar o outro.

>>> Seria um quarto para jogos do amor??? Mas que diabo de jogo seria este???


Leituras da Obra mais cobiçada do ano de 2000 e alguma coisa...

quinta-feira, 25 de outubro de 2012

A Bunda de CDA


* Imagem extraída da internet para ilustrar o poema de Drummond.

domingo, 23 de setembro de 2012

Cinquenta tons de cinza

Best-seller erótico 



Leia se...
• Você não aguenta mais boiar nas rodas de amigas quando falam no Red Room of Pain (Quarto Vermelho da Dor) ou em um tal de Grey.
• Sua vida romântica não está lá uma Brastemp. Em outras palavras, você não pega ninguém há tempos e já se esqueceu de como é fazer sexo.
• Seu marido/namorado/peguete não tem se dedicado muito aos momentos a dois e você não tem visto estrelas há tempos. Pode deixar que Christian Grey te dá uma mãozinha para chegar lá solo.
• Sua criatividade sexual anda em baixa. (Grey tem ideias sensacionais para fazer na cama – e fora dela!)
• Você adora uma baixaria, mas tem pavor a filmes pornôs. O livro tem cenas pesadas que te deixam arrepiada!
• Você é tímida ou se acha sem sal e não tem esperanças em agarrar um bonitão rico. Se Anastasia conseguiu, você também pode!
• Você é adepta do “um tapinha não dói” e quer tentar coisas mais hardcore sem saber por onde começar. Mais uma vez, pode contar com Christian Grey. Ele te dá o passo a passo com direito a contrato de dominador/submisso.



Não leia se...
• ...tiver estômago fraco para sexo com algemas, chicotes e outros apetrechos.
• ... acompanhada de ninguém a não ser do seu guapo.

O que é
Thriller romântico.

Quem é 

Anastasia Steele – jovem recatada de 22 anos recém-saída da universidade que se envolve com...Christian Grey – bilionário charmoso e enigmático. Para começar, entre as exigências sexuais impostas por ele, está a assinatura de um contrato que permite que ele tenha controle total sobre a sua vida.



Sinopse


Quando Anastasia Steele entrevista o jovem empresário Christian Grey, descobre nele um homem atraente, brilhante e profundamente dominador. Ingênua e inocente, Ana se surpreende ao perceber que, a despeito da enigmática reserva de Grey, está desesperadamente atraída por ele. Incapaz de resistir à beleza discreta, à timidez e ao espírito independente de Ana, Grey admite que também a deseja - mas em seus próprios termos. Chocada e ao mesmo tempo seduzida pelas estranhas preferências de Grey, Ana hesita. Por trás da fachada de sucesso - os negócios multinacionais, a vasta fortuna, a amada família -, Grey é um homem atormentado por demônios do passado e consumido pela necessidade de controle. Quando eles embarcam num apaixonado e sensual caso de amor, Ana não só descobre mais sobre seus próprios desejos, como também sobre os segredos obscuros que Grey tenta manter escondidos. 


Leia o 1º capítulo em:

http://entretenimento.uol.com.br/noticias/redacao/2012/07/29/leia-o-primeiro-capitulo-de-cinquenta-tons-de-cinza-de-e-l-james.htm

DVO (Leitura e pesquisas)

sábado, 1 de setembro de 2012

Setembro...




Como diz minha amiga para o mês de agosto, "a porta da rua é serventia da casa".
Amém! 
Agosto se foi!
 Ele foi o "Ó" do cavalo do bandido.

 
Que venha um lindo, maravilhoso e abençoado SETEMBRO...
todo florido como a primavera...
para todos nós.

DVO

domingo, 26 de agosto de 2012

Decifra-me!



Gosto da água do mar
batendo no corpo e pé na areia,
Amo o cheiro da "bosta de boi" e do mato.

Gosto do pé no chão,
Mas também amo estar no salto.

Adoro a cara limpa, lavada,
Mas a maquiagem é muito bem aceita.

Aprecio uma simples reunião,
Ah, mas como é deliciosa uma big festa “chiquetérrima”.


É bom sentir o frio das montanhas de vez em quando e ver o corpo agasalhado e chique,
Ah, mas é imensuravelmente melhor sentir o sol, calor e ver o suor descendo e pouca roupa no corpo.
Penso que nasci pra viver pelada.

Mas nada paga a PAZ de espírito
que todos buscamos na vida!
Isso vale mais
que o simples ou rico
que possamos ter.


Acredito que esta seja EU!!!

Mulher de FASES, de MOMENTOS...

DVO

quarta-feira, 20 de junho de 2012

Clarice Lispector




"No meu temperamento

tem um pouco de pimenta: 

não é todo mundo que gosta…

nem todo mundo que aguenta…" 

Clarice Lispector

domingo, 1 de abril de 2012

Eu...



Sou feita de expectativas,
realizações e decepções.


Sou de matéria
que entra em decomposição
e não se regenera.
Um ser difícil de lidar
fácil de conviver;
verdadeiro paradoxo.

Eu sou autêntica (até demais)
autenticidade confundida
como grosseira, tosca, bruta.


Sinto falta
do passado longínquo
que remete à infância;
e também do não muito remoto.
Já fui medíocre,
moldo-me a cada dia afim de deixar de sê-lo.
Medíocre sim,
hipócrita não;
não combina com autenticidade.

Muitas vezes
desanimo
animo.
piques, oscilações
fazem parte do meu eu.

Diversas vezes
canso-me dos amores, das pessoas, coisas
e até de mim mesma.

Eu sinto pelas pessoas humildes;
por aqueles que não conseguem reconhecer seus defeitos
pela falta de amor no mundo;
a carência de Deus no coração da humanidade;
por não ter feito muita coisa diferente; melhor.

Tenho saudades
de tudo...
de nada...

(Adaptação de Pedaços de Mim, de Martha Medeiros)


DVO

sexta-feira, 30 de março de 2012

Permissíveis


Borboletear para fazer a vida ter sentido.

Metamorfose enquanto houver fôlego;
enquanto tiver uma única gota de ânimo
e expectativa, mesmo que remota ao fim do túnel.

Entre flores espinhosas vai zelando por seu jardim;
e em meio a ele perdendo seu viço, seu freio, seus medos e cautela;
ferindo suas próprias asas, seu ego e até as de quem a cerca
em cada voo descuidado.

Numa determinada etapa não há mais a responsabilidade de ter responsabilidade;
assume-se o descompromisso com a cautela.
A idade não permite mais deixar para depois, guardar, engolir.
É momento de gostar, desgostar; falar, assumir; fazer, pagar o preço.

Agora está pronta a dar "as asas" ao acaso.

DVO


terça-feira, 27 de março de 2012

Reinvenção da Vida (Chico Anysio)

Eu queria que as pessoas nascessem velhas e morressem crianças. Pensem bem: o homem quando resolve viver, e quando tem tempo para isso, já está no fim da vida – careca, barriguro, sem a menor disposição para nada. Por isso é que seria uma boa o homem nascer velho e morrer criança. Nascia com 80 anos e ia ficando moço até morrer na infância.

Nascer velho. As amigas conversando: Nasceu meu filho. Perfeitinho, 80 anos, 75 quilos, 1,80 de altura. E como vai se chamar? Ah, eu tinha escolhido Luis Antônio, mas ele mesmo foi ao cartório e se registrou: Aroldo.
Aí vinha outra: Não está lindo meu filho? Mas, peraí, de calcinha e sutiã? É que eu esperava menina e tal..


E quando chegasse uma visita, a mãe chamaria: Venham ver, hoje ele deu a primeira tossida. “Tosse aí para a moça ver”. Como todo bom velhinho, você nasceria com o direito a ser neurastênico e ranzinza. Nos berçários, filas de cadeiras de balanço com os velhinhos pigarreando sob cuidados de geriatras, se queixando das doenças de recém-nascido.

Mas nada faria mal porque todo mal já estaria feito. Você só iria melhorando a cada dia. Os anos e as semanas caminhariam para trás. Sexta, quinta, quarta, terça, segunda-feira virava sábado. Quer coisa melhor? E se a vida corresse para trás, tudo seria mais fascinante. Acordei com uma ressaca tão grande hoje. Estou imaginando o pileque que eu vou tomar de noite. Se nascesse com 80 anos, você aos 60 casaria. E aí? Uma desvantagem: casava com uma velha.

Mas é preciso não esquecer que com o correr do tempo a sua mulher ia ficando cada dia melhor. Mais moça, até ficar viçosa e se transformar num ‘pancadão’ de mulher aos 20 anos.

E vocês, depois do casamento, ficariam noivos e depois de noivos seriam namorados, até chegar ao amor infantil, puro e desinteressado. O amor de duas crianças apagando das árvores os corações entrelaçados. Você nasceria rico, aposentado e sábio. Na sua profissão você seria um gênio. Ganharia cada vez menos até chegar à faculdade para ir desaprendendo. E ficava mais ingênuo, mais burro e mais puro. No fim da vida, você teria a pureza absoluta. Andar de bicicleta, nadar pelado no rio, trepar em árvores, soltar barquinho de papel nas enxurradas. A bola, a pipa o chiqueirinho, o boneco de pano. Do chiqueirinho para o berço, o chocalho e pararia de chorar.

E com o tempo correndo para trás, a humanidade regrediria dos séculos . Colombo e Cabral, de marcha ré, ‘desdescobriram’ o novo mundo. Chegaríamos a ‘desinvenção’ da roda e o desconhecimento do fogo até o último homem, o último primeiro, quando entra um Deus pegando nas mãos, ao invés de soprar, inspiraria o homem outra vez para dentro de si.

domingo, 4 de março de 2012

Dualidade


A vida é feito um bumerangue...
do mesmo jeito que vai...
pode voltar !!!

Ser boa é especialidade...
ao contrário...
melhor ainda !!!

O exercício da veia sarcástica
é meu melhor estilo.
Melhor não tentar provar...

DVO

segunda-feira, 20 de fevereiro de 2012

Deus sabe o que faz...


Baseado em Provérbios 16.1

    As pessoas podem fazer seus planos, porém é o Senhor quem dá a última palavra.
    Quando planejamos nossos sonhos, criamos grande expectativa pra que eles aconteçam.
    Deus testa nosso coração, porque nem sempre nossos planos são os melhores para nossa vida e muitas vezes murmuramos a trajetória dos nossos planos para nos colocar ou nos preparar para algo melhor.
    Deus é quem sabe o que é melhor para nosso futuro, ele tem o melhor para todos nós.
    Não culpe a Deus quando seus planos derem errado.
    O que parecer errado aos olhos dos homens pode ser certo aos olhos do nosso Senhor Deus.


quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

Dê amor a quem merece!


Não devemos chorar por quem não merece nossas lágrimas. Sabemos que o descaso dói, mas temos que sermos fortes para reservar a quem realmente importa nesta história toda. O resto...deixe como resto...assim como sempre fez das pessoas o RESTO. Estes meses e comemorações perdeu quem não foi e não sabe o bom que a vida pode oferecer de fato, como o sorriso sincero da criança, a aprendizagem a cada dia que nos faz rir mesmo que não estejamos num bom dia.
Orgulho deveria ser banido da face da terra tanto quanto desejamos que o
"pecado" não existisse e que todos fossem de fato "salvos" por Jesus Cristo...
Mas o que é o pecado afinal?
Existem infinitas definições para ele...inclusive o abandono aos filhos, descaso aos sentimentos e opiniões deles...etc...etc...etc...
Vovó te ama meu bem!
E mamãe te ama do jeito que você é minha filha...afinal Jesus não apedrejou nem Maria Madalena...quem sou eu pra julgar ou abandonar alguém.
Engraçado, Jesus estendeu a mão a uma prostituta...
por que há "pastores" que viram as costas a quem deveria dar a mão para caminhar? Seriam eles os chamados "pastores de meia tigela"? os "convertidos" só de palavra, da boca pra fora?
Amor a gente conquista, não compra;
a gente cativa não obriga.
Admiração ao próximo, seja ele pai, mãe, avós, tios ou até mesmo um cachorro sarnento são conquistados em pequenos gestos de carinho;
a cada dia um pouquinho, como remédio dado a conta gotas.

Me faço aqui porta-voz dos pensamentos de duas pessoas que não sabem conversar, falar dos sentimentos, expôr opiniões. Ou seria porta-voz para alguém que nunca soube ouvir e entender???

Bom, uma coisa é fato, alguém nesta história nunca percebeu que o adulto da relação era o mais velho (na idade) e seria querer demais que os mais jovens (na idade) tivessem plena compreensão, uma vez que jovem é jovem, inconsequente, imaturo, etc, etc, etc.

terça-feira, 30 de agosto de 2011

Redação feita por uma aluna do curso de Letras da UFPE (Universidade Federal de Pernambuco - Recife)

"Era a terceira vez que aquele substantivo e aquele artigo se encontravam no elevador.
Um substantivo masculino, com um aspecto plural, com alguns anos bem vividos pelas preposições da vida.
E o artigo era bem definido, feminino singular: era ainda novinha, mas com um maravilhoso predicado nominal.
Era ingênua, silábica, um pouco átona, até ao contrário dele: um sujeito oculto, com todos os vícios de linguagem, fanáticos por leituras e filmes ortográficos.
O substantivo gostou dessa situação: os dois sozinhos, num lugar sem ninguém ver e ouvir.
E sem perder essa oportunidade, começou a se insinuar, a perguntar, a conversar.
O artigo feminino deixou as reticências de lado, e permitiu esse pequeno índice.
De repente, o elevador pára, só com os dois lá dentro: ótimo, pensou o substantivo, mais um bom motivo para provocar alguns sinônimos.
Pouco tempo depois, já estavam bem entre parênteses, quando o elevador recomeça a se movimentar: só que em vez de descer, sobe e pára justamente no andar do substantivo.
Ele usou de toda a sua flexão verbal, e entrou com ela em seu aposto.
Ligou o fonema, e ficaram alguns instantes em silêncio, ouvindo uma fonética clássica, bem suave e gostosa.
Prepararam uma sintaxe dupla para ele e um hiato com gelo para ela.
Ficaram conversando, sentados num vocativo quando ele começou outra vez a se insinuar.
Ela foi deixando, ele foi usando seu forte adjunto adverbial, e rapidamente chegaram a um imperativo, todos os vocábulos diziam que iriam terminar num transitivo direto.
Começaram a se aproximar, ela tremendo de vocabulário, e ele sentindo seu ditongo crescente: se abraçaram, numa pontuação tão minúscula, que nem um período simples passaria entre os dois.
Estavam nessa ênclise quando ela confessou que ainda era vírgula, ele não perdeu o ritmo e sugeriu uma ou outra soletrada em seu apóstrofo.
É claro que ela se deixou levar por essas palavras, estava totalmente oxítona às vontades dele, e foram para o comum de dois gêneros.
Ela totalmente voz passiva, ele voz ativa. Entre beijos, carícias, parônimos e substantivos, ele foi avançando cada vez mais: ficaram uns minutos nessa próclise, e ele, com todo o seu predicativo do objeto, ia tomando conta.
Estavam na posição de primeira e segunda pessoas do singular, ela era um perfeito agente da passiva, ele todo paroxítono, sentindo o pronome do seu grande travessão
forçando aquele hífen ainda singular. Nisso a porta abriu repentinamente.
Era o verbo auxiliar do edifício.
Ele tinha percebido tudo, e entrou dando conjunções e adjetivos nos dois, que se encolheram gramaticalmente, cheios de preposições, locuções e exclamativas.
Mas ao ver aquele corpo jovem, numa acentuação tônica, ou melhor, subtônica, o verbo auxiliar diminuiu seus advérbios e declarou o seu particípio na história.
Os dois se olharam, e viram que isso era melhor do que uma metáfora por todo o edifício.
O verbo auxiliar se entusiasmou, e mostrou o seu adjunto adnominal.
Que loucura, minha gente. Aquilo não era nem comparativo: era um superlativo absoluto.
Foi se aproximando dos dois, com aquela coisa maiúscula, com aquele predicativo do sujeito apontado para seus objetos.
Foi chegando cada vez mais perto, comparando o ditongo do substantivo ao seu tritongo, propondo claramente uma mesóclise-a-trois.
Só que as condições eram estas: enquanto abusava de um ditongo nasal, penetraria ao gerúndio do substantivo, e culminaria com um complemento verbal no artigo feminino.
O substantivo, vendo que poderia se transformar num artigo indefinido depois dessa, pensando em seu infinitivo, resolveu colocar um ponto final na história: agarrou o verbo auxiliar pelo seu conectivo, jogou-o pela janela e voltou ao seu trema, cada vez mais fiel à língua portuguesa, com o artigo feminino colocado em conjunção coordenativa conclusiva."

quinta-feira, 25 de agosto de 2011

Casa Arrumada


Casa arrumada é assim: Um lugar organizado, limpo, com espaço livre pra circulação e uma boa entrada de luz. Mas casa, pra mim, tem que ser casa e não um centro cirúrgico, um cenário de novela. Tem gente que gasta muito tempo limpando, esterilizando, ajeitando os móveis, afofando as almofadas... Não, eu prefiro viver numa casa onde eu bato o olho e percebo logo: Aqui tem vida... Casa com vida, pra mim, é aquela em que os livros saem das prateleiras e os enfeites brincam de trocar de lugar.Casa com vida tem fogão gasto pelo uso, pelo abuso das refeições fartas, que chamam todo mundo pra mesa da cozinha.Sofá sem mancha? Tapete sem fio puxado? Mesa sem marca de copo? Tá na cara que é casa sem festa. E se o piso não tem arranhão, é porque ali ninguém dança. Casa com vida, pra mim, tem banheiro com vapor perfumado no meio da tarde. Tem gaveta de entulho, daquelas que a gente guarda barbante, passaporte e vela de aniversário, tudo junto... Casa com vida é aquela em que a gente entra e se sente bem-vinda. A que está sempre pronta pros amigos, filhos... Netos, pros vizinhos... E nos quartos, se possível, tem lençóis revirados por gente que brinca ou namora a qualquer hora do dia. Casa com vida é aquela que a gente arruma pra ficar com a cara da gente. Arrume a sua casa todos os dias... Mas arrume de um jeito que lhe sobre tempo pra viver nela... E reconhecer nela o seu lugar.

Carlos Drummond de Andrade

terça-feira, 9 de agosto de 2011

Entra na minha casa...



"Entra na minha casa...
Entra na minha vida...
Meche com minha estrutura...
Sara todas as feridas...
Me ensina a ter santidade...
Quero amar somente a Ti!
Por que o Senhor é o meu Bem maior...
Faz um milagre em mim...!"