sábado, 13 de setembro de 2014

Desabafo!




Hoje 13-09-1967


Acordei da pior maneira possível: uma mensagem com tudo que eu menos queria ler neste dia. 



Levantei e vi que o "jardineiro" já estava trabalhando: fui avisá-lo de que hoje não estava bem para ficar junto dele.


A seguir fui "engolir" meu café da manhã (não consegui tomá-lo sem que descesse suave.

Se não bastasse, uma ligação de que um familiar havia falecido. Ainda mais chorei e respondi não ter condição de ir até Afonso Cláudio.

Terminado isso fui buscar minhas tábuas de salvação: "Os filhos".

Uma ainda meio dormindo me ouviu aos choros, disse que pode ter sido o melhor, e que aqui onde vivo não é o meu lugar e que não fala mais sobre isso; além de dizer que pode ter sido melhor assim. 

O outro dirigia em direção a Vitória e parou para atender meus choramingos e finalizou com o que sempre diz: "bola pra frente, uma hora você acerta".

Às vezes acredito que as pessoas não pensam antes do que causam no coração, no interior das outras. O descrédito que colocam na pessoa/humana no que se refere à construção de relações. 

Hoje em dia temos até medo de abrir a boca para falar o que realmente sentimos, desejamos, sonhamos para outrem; medo pela possibilidade do outro rir da/na cara da gente. 

Vergonha por talvez isso já ser considerado defasado. 

Receio de que o outro saia correndo no mesmo instante sem ao menos lhe conhecer de fato.

Pior de tudo: infelizmente o mundo é pequeno, e com a internet que possibilita aproximações nos deparamos muitas vezes com pessoas do mal e até mesmo dissimuladas; ou até mesmo com algumas até conhecidas de certa forma, mas que deveriam permanecer láááá do outro lado da tela.

Mas tudo bem; minha angústia, meu choro, minha solidão já fazem parte do meu cotidiano. Mesmo que ainda não tenha acostumado-me com qualquer um deles.

A cada dia perco mais a confiança nas pessoas e me apego mais aos animais.


Borboleta

terça-feira, 9 de setembro de 2014

Vire a página







"Vire a página.
Dê um ponto final nas coisas que te fazem mal!
A vida é um círculo, não um quadrado.
Tenha pressa de ser feliz, porque nós 
não sabemos quanto tempo nos resta...

Padre Fábio de Melo

sexta-feira, 5 de setembro de 2014

Coração Doente




Hoje vou escrever como narrador personagem (em 1ª pessoa) uma situação vivida ontem (04-09-2014).


Ontem cheguei em casa à noite moída, com o corpo machucado de cansaço. Mas não era um cansaço por esforço físico, mas sim o emocional que afetou a carcaça.

Fui visitar meu "sogro" e me foi muito dolorido vê-lo no estado em que se encontra. Em minha mente vinha o tempo todo a pessoa sadia, feliz e linda por dentro e por fora que sempre fora (diga-se de passagem: ainda continua bonito - com aqueles olhos azuis maravilhosos que dizem o que a boca dele no momento não permite)

Meu intuito era não demonstrar emoção do tipo chorar. Mas como não chorar? Sou um ser humano que se compadece muito por àqueles que estão acamados, principalmente na velhice. E como não chorar quando você percebe dos olhos do outro lágrimas a cair.

O lado direto dele não responde a nenhum toque. Me comovia quando ele, além de querer mostrar que a perna esquerda se movia e também quando, com sua mão esquerda buscava meus cabelos para alisar, meu rosto para acarinhar e abraçar-me sobre o peito dele. 
Deitar sobre o peito dele deixando-me abraçar dava conforto e ao mesmo tempo minhas lágrimas desciam (assim como descem agora escrevendo este texto).

Por gestos ele queria entender o porquê eu estava ali (uma vez que sou hoje apenas a ex-nora) Eu pude responder que estava ali com um: Estou aqui porque Eu te amo! Por isso estou aqui.

Não tivemos só lágrimas, mas também risos, carinhos, afagos. Diria até uma relação de filha para com um pai, não de ex-nora.

Pelo que me relataram do como ele entrou no hospital, coma induzido, isolamento, entubado, fiquei confortada. Mas ao mesmo tempo feliz por ter certeza que dali ele sai para casa (não nas mesmas condições de antes, mas sai vivo)

E o nosso Deus é maior e ainda dará a ele e à todos a chance de retratar o amor que cada um sente pelo outro independente do que tenha acontecido no decorrer de suas vidas.

Hoje pela  manhã, busquei abrir a Bíblia na busca de um versículo que me confortasse, afinal tenho um dia de serviço pela frente além de outros afazeres normais, além do mais a vida continua.

O livro de Eclesiastes: Na sua busca por felicidade e pelo sentido da vida, este escritor conhecido como "filósofo" ou "pregador", faz perguntas que continuam presentes na sociedade contemporânea. (Conceito conforme "A Bíblia Sagrada - Nova Tradução na Linguagem de Hoje)

Achei aleatoriamente o livro acima e abri em qualquer lugar:

Tempo para tudo (Capítulo 3)

Tudo neste mundo tem seu tempo, cada coisa tem a sua ocasião.
Há tempo de nascer e tempo de morrer; tempo de plantar e temmpo de arrancar; 
tempo de matar e tempo de curar;
tempo de derrubar e tempo de construir.
Há tempo de ficar triste e tempo de se alegrar;
tempo de chorar e tempo de dançar;
tempo de espalhar pedras e tempo de ajuntá-las;
tempo de abraçar e tempo de afastar.
Há tempo de procurar e tempo de perder;
tempo de economizar e tempo de desperdiçar;
tempo de rasgar e tempo de remendar;
tempo de ficar calado e tempo de falar.
Há tempo de amar e tempo de odiar;
tempo de guerra e tempo de paz.

E a conclusão é: O tempo é de Deus; não nosso! 

As situações pelas quais nos deparamos e nos cai ao colo é providência divina (ou para avaliarmos pelo lado do bem ou do mal, mas nada é por acaso)

Só temos que nos adequar à ele e viver.

Borboleta


terça-feira, 2 de setembro de 2014

Curiosidade Alheia

Uso este meu cantinho para minhas reflexões "escritas", assim como postagem de assuntos que julgo interessantes, e até mesmo fatos cotidianos.

Fato do dia

É normal que pessoas, e por que não dizer em especial nossos alunos, nos façam perguntas inusitadas sobre seja lá qual for o assunto.

O da vez foi:

- Professora, o que você deseja ter quando ficar mais velha?
- Eu mais que depressa, sem pestanejar muito, respondi:

* Uma casa: e esta eu já tenho;
* Um carro que não precisa ser do ano: e este eu também já tenho;
* Uma profissão: e graças ao meu bom Deus, tenho duas;
* Uma aposentadoria: e esta eu já batalho por ela há anos;
* Filhos: estes o meu bom Deus também já me agraciou;
* Netos: já tenho uma, mas quero mais; além de tempo para curti-los mais;
* Saúde: sei que não a terei em sua extrema perfeição, mas já me cuido desde nova para que esta seja amenizada (ah, mantenho há uns bons anos um plano de saúde para ser um pouco melhor cuidada);
* Família: esta eu deixei em penúltimo pq esta eu não desejo ter, sempre a tive em toda sua perfeição e imperfeição, afinal, família é família;

- Você disse penúltimo? Há mais alguma coisa.?
- Enumerei a última:

* Um companheiro (pau pra toda obra > para conversar, cuidar, ser cuidada, rir, chorar, passear, dormir de conchinha, tomar café da manhã juntos)

- Mas profe, por que você deixou este por último?

- Simples amada; dizem que o tempo de Deus não é o nosso. E este tempo de chegada já está se prolongando demais. Ou Deus está preparando aquele ESPECIAL, ou ele deva achar que eu deva ficar só, portanto não ponho expectativa aí. Mas que eu ainda o desejo e tenho esperança, ahhhhh, isso eu tenho...afinal ainda dou um caldo kkkkkkkkkkkkkkkkkkkk

Nosso papo terminou em risos. 

Borboleta