Borboletear para fazer a vida ter sentido.
Metamorfose enquanto houver fôlego;
enquanto tiver uma única gota de ânimo
e expectativa, mesmo que remota ao fim do túnel.
Entre flores espinhosas vai zelando por seu jardim;
e em meio a ele perdendo seu viço, seu freio, seus medos e cautela;
ferindo suas próprias asas, seu ego e até as de quem a cerca
em cada voo descuidado.
Numa determinada etapa não há mais a responsabilidade de ter responsabilidade;
assume-se o descompromisso com a cautela.
A idade não permite mais deixar para depois, guardar, engolir.
É momento de gostar, desgostar; falar, assumir; fazer, pagar o preço.
Agora está pronta a dar "as asas" ao acaso.
DVO
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