Amém!
sábado, 1 de setembro de 2012
Setembro...
Amém!
domingo, 26 de agosto de 2012
Decifra-me!
quarta-feira, 20 de junho de 2012
Clarice Lispector
quinta-feira, 19 de abril de 2012
domingo, 1 de abril de 2012
Eu...

Sou feita de expectativas,
sexta-feira, 30 de março de 2012
Permissíveis

DVO
terça-feira, 27 de março de 2012
Reinvenção da Vida (Chico Anysio)

Eu queria que as pessoas nascessem velhas e morressem crianças. Pensem bem: o homem quando resolve viver, e quando tem tempo para isso, já está no fim da vida – careca, barriguro, sem a menor disposição para nada. Por isso é que seria uma boa o homem nascer velho e morrer criança. Nascia com 80 anos e ia ficando moço até morrer na infância.
domingo, 4 de março de 2012
Dualidade
segunda-feira, 20 de fevereiro de 2012
Deus sabe o que faz...

- As pessoas podem fazer seus planos, porém é o Senhor quem dá a última palavra.
- Quando planejamos nossos sonhos, criamos grande expectativa pra que eles aconteçam.
- Deus testa nosso coração, porque nem sempre nossos planos são os melhores para nossa vida e muitas vezes murmuramos a trajetória dos nossos planos para nos colocar ou nos preparar para algo melhor.
- Deus é quem sabe o que é melhor para nosso futuro, ele tem o melhor para todos nós.
- Não culpe a Deus quando seus planos derem errado.
- O que parecer errado aos olhos dos homens pode ser certo aos olhos do nosso Senhor Deus.
quarta-feira, 28 de dezembro de 2011
Dê amor a quem merece!

terça-feira, 30 de agosto de 2011
Redação feita por uma aluna do curso de Letras da UFPE (Universidade Federal de Pernambuco - Recife)
"Era a terceira vez que aquele substantivo e aquele artigo se encontravam no elevador.
Um substantivo masculino, com um aspecto plural, com alguns anos bem vividos pelas preposições da vida.
E o artigo era bem definido, feminino singular: era ainda novinha, mas com um maravilhoso predicado nominal.
Era ingênua, silábica, um pouco átona, até ao contrário dele: um sujeito oculto, com todos os vícios de linguagem, fanáticos por leituras e filmes ortográficos.
O substantivo gostou dessa situação: os dois sozinhos, num lugar sem ninguém ver e ouvir.
E sem perder essa oportunidade, começou a se insinuar, a perguntar, a conversar.
O artigo feminino deixou as reticências de lado, e permitiu esse pequeno índice.
De repente, o elevador pára, só com os dois lá dentro: ótimo, pensou o substantivo, mais um bom motivo para provocar alguns sinônimos.
Pouco tempo depois, já estavam bem entre parênteses, quando o elevador recomeça a se movimentar: só que em vez de descer, sobe e pára justamente no andar do substantivo.
Ele usou de toda a sua flexão verbal, e entrou com ela em seu aposto.
Ligou o fonema, e ficaram alguns instantes em silêncio, ouvindo uma fonética clássica, bem suave e gostosa.
Prepararam uma sintaxe dupla para ele e um hiato com gelo para ela.
Ficaram conversando, sentados num vocativo quando ele começou outra vez a se insinuar.
Ela foi deixando, ele foi usando seu forte adjunto adverbial, e rapidamente chegaram a um imperativo, todos os vocábulos diziam que iriam terminar num transitivo direto.
Começaram a se aproximar, ela tremendo de vocabulário, e ele sentindo seu ditongo crescente: se abraçaram, numa pontuação tão minúscula, que nem um período simples passaria entre os dois.
Estavam nessa ênclise quando ela confessou que ainda era vírgula, ele não perdeu o ritmo e sugeriu uma ou outra soletrada em seu apóstrofo.
É claro que ela se deixou levar por essas palavras, estava totalmente oxítona às vontades dele, e foram para o comum de dois gêneros.
Ela totalmente voz passiva, ele voz ativa. Entre beijos, carícias, parônimos e substantivos, ele foi avançando cada vez mais: ficaram uns minutos nessa próclise, e ele, com todo o seu predicativo do objeto, ia tomando conta.
Estavam na posição de primeira e segunda pessoas do singular, ela era um perfeito agente da passiva, ele todo paroxítono, sentindo o pronome do seu grande travessão
forçando aquele hífen ainda singular. Nisso a porta abriu repentinamente.
Era o verbo auxiliar do edifício.
Ele tinha percebido tudo, e entrou dando conjunções e adjetivos nos dois, que se encolheram gramaticalmente, cheios de preposições, locuções e exclamativas.
Mas ao ver aquele corpo jovem, numa acentuação tônica, ou melhor, subtônica, o verbo auxiliar diminuiu seus advérbios e declarou o seu particípio na história.
Os dois se olharam, e viram que isso era melhor do que uma metáfora por todo o edifício.
O verbo auxiliar se entusiasmou, e mostrou o seu adjunto adnominal.
Que loucura, minha gente. Aquilo não era nem comparativo: era um superlativo absoluto.
Foi se aproximando dos dois, com aquela coisa maiúscula, com aquele predicativo do sujeito apontado para seus objetos.
Foi chegando cada vez mais perto, comparando o ditongo do substantivo ao seu tritongo, propondo claramente uma mesóclise-a-trois.
Só que as condições eram estas: enquanto abusava de um ditongo nasal, penetraria ao gerúndio do substantivo, e culminaria com um complemento verbal no artigo feminino.
O substantivo, vendo que poderia se transformar num artigo indefinido depois dessa, pensando em seu infinitivo, resolveu colocar um ponto final na história: agarrou o verbo auxiliar pelo seu conectivo, jogou-o pela janela e voltou ao seu trema, cada vez mais fiel à língua portuguesa, com o artigo feminino colocado em conjunção coordenativa conclusiva."
quinta-feira, 25 de agosto de 2011
Casa Arrumada

terça-feira, 9 de agosto de 2011
Entra na minha casa...
terça-feira, 2 de agosto de 2011
A vida...

Mário Quintana
sábado, 30 de julho de 2011
O melhor amor...
segunda-feira, 25 de julho de 2011
Fernando Sabino

Por que dificultamos tanto o que pode ser tão desenrolado???
Há dias que é melhor não dizer nada...melhor não ouvir nada...
viver num mundo de surdez...de cegueira.
Palavras muitas vezes nos fazem viajar e digeri-la de modo inadequado.
Talvez seja por isso que algumas vezes escutamos pessoas dizerem "preferir ser algum animal do que gente".
Por que temos o péssimo hábito de deixar o que ouvimos destruir o que estamos sentindo de bom?
Como diz uma velha conhecida: "será ato de andar dar a ré...saltar fora do barco de medo..."
Afff...vai saber!
Enfim, levemos em consideração as palavras de Fernando Sabino.
segunda-feira, 4 de julho de 2011
Autorização de Namoro
Com o recente surgimento de um pequeno louco querendo namorar a minha filha, tirei da gaveta o seguinte formulário que agora disponibilizo para todos que tenham ou possam vir a ter uma filha. Já se passaram dois meses e o pretendente ainda não voltou para me entregar o formulário preenchido.
FORMULÁRIO PARA AUTORIZAÇÃO DE NAMORO COM MINHA FILHA
Nota Importante: Este formulário deverá vir devidamente acompanhado de:
* Declaração completa de bens
* Histórico Escolar
* Histórico Profissional
* Árvore Genealógica completa
* Ficha Criminal
* Exame de Saúde completo e atualizado.
Dados Pessoais
Nome________________________________________________________
Data de Nascimento _______/_______/________ Altura_________ Peso__________ Q.I.________ Média Escolar_________
Prontuário:
RG____________________ CPF____________________
Escoteiro? Medalhas? Atividades Esportivas? ( ) Sim ( ) Não Quais________________________________________________________
Endereço Residencial (Completo) ____________________________________________________
Você tem 1 (UM) Pai e 1 (UMA) Mãe?___________
Se Não,
Explique:_____________________________________________________
Há quantos anos seus pais são casados?_____________
Se menos que sua idade, Explique:________________
Acessórios esquisitos
Usa piercing na orelha, nariz ou boca?..( ) sim ( ) não
No umbigo e outras partes do corpo?...( ) sim ( ) não
Tem tatuagem?........................................( ) sim ( ) não
Onde?_______________________________________________________
(SE VOCÊ RESPONDEU POSITIVAMENTE A QUALQUER ITEM ACIMA, PODE PARAR DE PREENCHER ESTE FORMULÁRIO)
Interpretação de texto
Usando 50 palavras ou menos, descreva o que significa chegar TARDE para você:
_________________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________________
Usando 50 palavras ou menos, descreva o que significa NÃO BULINAR MINHA FILHA:
_________________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________________
Usando 50 palavras ou menos, descreva o que significa ABSTINÊNCIA, na sua opinião:
_________________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________________
Outros
Igreja que você freqüenta:__________________________________________________
Com que freqüência?________________________________________________
Preencha os espaços abaixo. Todas as respostas serão confidenciais:
Se eu for atingido por uma bala, eu detestaria ser atingido no: _______________________________
Se eu levar uma surra, não quero que me quebrem o seguinte osso:
Lugar de mulher é:_________________________________________________________________
Escreva algo que você não espera ter que responder neste formulário: _________________________________________________________________________________
Qual a primeira coisa que você nota em uma mulher? _________________________________________________________________________________
(Nota: Se a resposta começar pelas letras P, B ou C, favor abandonar imediatamente este formulário e sair correndo, de cabeça baixa )
O que você quer ser "SE" crescer?
_____________________________________________________________
EU, ABAIXO ASSINADO,
Assinatura____________________________________________ (o estúpido)
As letras pequenas abaixo são mera formalidade, nem precisa ler!!!
A) Eu, o namorado, doravante denominado "estúpido "
B) Declaro ainda que este documento tem poder de "procuração" seja para que assunto for.
C) Desisto de qualquer direito, mesmo sobre minha integridade física, ossos, órgãos, dentes, durante todo o tempo de vigência do namoro "mais nove meses" pertencendo ao Pai da Namorada os poderes de decisão, inclusive de vida ou de morte.
D) Ao pai da namorada não questionarei a autoridade ou ordens, deverei agir com obediência cega a toda e qualquer ordem ou vontade que me for imposta, a mínima que seja.
E) Admito toda e qualquer culpa que me for imputada sem questionar. Sem direito a teste de DNA.
F) Reconheço a legitimidade de "Pagamento de pensão" durante o período que a "namorada" se mantiver solteira a título de indenização moral caso este não resulte em um honroso matrimônio.
Obrigado pelo seu interesse. Favor aguardar de 2 a 3 meses para seleção.
Se aprovado, você receberá uma notificação por escrito. Não chame, ligue ou escreva. Aguarde minha chamada.
Se você não for aprovado e dependendo das circunstâncias, você será notificado, pessoalmente, pela Polícia Militar!!!!!!!
Atenciosamente,
Antonio Ferreira
* 2 vezes campeão carioca de tiro - modalidade saque-rápido
* Campeão brasileiro de tiro ao alvo - modalidade Moore System
* 3 vezes campeão brasileiro de judô
* Campeão carioca de vale-tudo 2002
* Campeão brasileiro de vale-tudo 2003
* Combate com facas.
* Adestrador de Cães de ataque.
* Livros Publicados: "Táticas de Combate - Silenciamento de Sentinelas" e "Matando com as mãos"
Puxando sardinha ... rsrs

(Afonso Romano de Santana)
Há uma semeadura serenidade nos seus gestos, longe dos desperdícios da adolescência, quando se esbanjam pernas, braços e bocas ruidosamente. A adolescente não sabe ainda os limites do seu corpo e vai florescendo estabanada. É como um nadador principiante que faz muito barulho, joga muita água para os lados. Enfim, desborda.
A mulher madura nada no tempo e flui com a serenidade de um peixe. O silêncio em torno de seus gestos tem algo do repouso da garça sobre o lago. Seu olhar sobre os objetos não é de gula ou de concupiscência. Seus olhos não violam as coisas, mas as envolvem ternamente. Sabem a distância entre seu corpo e o mundo.
A mulher madura é assim: tem algo de orquídea que brota exclusiva de um tronco, inteira. Não é um canteiro de margaridas jovens tagarelando nas manhãs.
A adolescente, com o brilho de seus cabelos, com essa irradiação que vem dos dentes e dos olhos, nos extasia. Mas a mulher madura tem um som de adágio em suas formas. E até no gozo ela soa com a profundidade de um violoncelo e a sutileza de um oboé sobre a campina do leito.
A boca da mulher tem uma indizível sabedoria. Ela chorou na madrugada e abriu-se em opaco espanto. Ela conheceu a traição e ela mesma saiu sozinha para se deixar invadir pela dimensão de outros corpos. Por isto as suas mãos são líricas no drama e repõem no seu corpo um aprendizado da macia paina de setembro e abril.
O corpo da mulher madura é um corpo que já tem história. Inscrições já se fizeram em sua superfície. Seu corpo não é como na adolescência, uma pura e agreste possibilidade. Ela conhece seus mecanismos, apalpa suas mensagens, decodifica as ameaças numa intimidade respeitosa.
Sei que falo de certa mulher madura localizada numa classe social, e os mais politizados têm que ter condescendência e me entender. A maturidade também vem à mulher pobre, mas vem com tal violência que o verde se perverte e sobre os casebres e corpos tudo se reveste de uma marrom tristeza.
Na verdade, talvez a mulher madura não se saiba assim inteira ante seu olho interior. Talvez a sua aura se inscreva melhor no olho exterior, que a maturidade é também algo que o outro nos confere, complementarmente.
Maturidade é essa coisa dupla: um jogo de espelhos revelador.
Cada idade tem seu esplendor. É um equívoco pensá-lo apenas como um relâmpago de juventude, um brilho de raquetes e pernas sobre as praias do tempo. Cada idade tem seu brilho e é preciso que cada um descubra o fulgor do próprio corpo.
A mulher madura está pronta para algo definitivo.
Merece, por exemplo, sentar-se naquela praça de Siena à tarde acompanhando com o complacente olhar o vôo das andorinhas e das crianças a brincar. A mulher madura tem esse ar de que, enfim, está pronta para ir à Grécia. Descolou-se da superfície das coisas. Merece profundidades. Por isto, pode-se dizer que a mulher madura não ostenta jóias. As jóias brotaram de seu tronco, incorporaram-se naturalmente ao seu rosto, como se fossem prendas do tempo.
A mulher madura é um ser luminoso, é repousante às quatro horas da tarde, quando as sereias se banham e saem discretamente perfumadas com seus filhos pelos parques do dia. Pena que seu marido não note, perdido que está nos escritórios e mesquinhas ações nos múltiplos mercados dos gestos. Ele não sabe, mas deveria voltar para casa tão maduro quanto Yves Montand e Paul Newman, quando nos seus filmes.
Sobretudo o primeiro namorado ou o primeiro marido não sabem o que perderam em não esperá-la madurar. Ali está uma mulher madura, mais que nunca, pronta para quem a souber amar.